quarta-feira, 13 de outubro de 2010

TERMINAL DA ZONA OESTE

Terminal na zona oeste deve ficar pronto em 2011


Construção do terminal da zona oeste está prevista em contrato desde 2003Depois de oito anos de vigência do contrato de exploração do transporte coletivo, finalmente a empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) irá construir um terminal de passageiros na zona oeste da cidade. A obra é uma obrigação contratual da empresa concessionária do maior número de linhas.

O diretor de Transportes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Wilson Santos de Jesus, disse que "agora que o terminal está se tornando viável". Segundo Santos, apenas recentemente houve expansão que justifique a estrutura. Ele citou a instalação da Pontifícia Universidade Católica e empreendimentos futuros, como uma empresa de callcenter onde era a Infibra e uma unidade de pronto atendimento na zona oeste.

Além disso, Santos afirmou a construção do residencial Vista Bela, na zona norte, também demandará o terminal na zona oeste. "Será feita uma transposição na Rau José de Lima Castro, próximo do Residencial Anselmo Vedoato, e as pessoas que moram na zona norte e pretendem ir para a zona oeste e zona sul – como na UEL, Shopping Catuaí, Iapar e outras universidades – não precisarão mais passar pelo terminal do Conjunto Vivi Xavier ou pelo terminal central".

Segundo Santos, o projeto arquitetônico do terminal está pronto e a TCGL está fazendo orçamento, mas não há data para a obra ser iniciada. O terminal ficará próximo da Avenida do Sol. (Com informações da Rádio Paiquerê AM)

Fonte: Bonde News

terça-feira, 12 de outubro de 2010

EM ESTADO TERMINAL

Retrato do caos

Terminal Urbano é uma construção surrada pelo tempo e pela falta de manutenção
Reportagem do jornalista Marcelo Frazão do JL retrata a situação do Terminal já retrada pelo membro do Conselho Municipal de Transporte Carlos Siqueira desde o ano passado.

Quem passa pelas calçadas na frente do Terminal Urbano de Transporte Coletivo, antes tomadas por vendedores de lanches - agora cuidadas, acessíveis e com árvores - não imagina que lá dentro, onde diariamente circulam mais de 150 mil pessoas, ainda impera o improviso e a falta de cuidados com uma das maiores estruturas públicas de Londrina.

Com 23 anos de idade, o Terminal Urbano, cravado no centro de Londrina, é uma construção surrada pelo tempo e pela falta de manutenção. Situação que, pouco a pouco, compromete a boa funcionalidade, o uso e o conforto do local.

A escada rolante está quebrada há mais de um mês

O piso antiderrapante praticamente desapareceu das rampas

A escada rolante que liga os dois pisos, por exemplo, está há mais de um mês quebrada, após uma peça do rolamento deixar os usuários na mão. Somente agora a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) conseguiu licitar a troca da peça, por R$ 8,9 mil – e uma outra empresa deve ser contratada para a manutenção permanente.

Enquanto a escada não volta a funcionar, sobrecarregando o uso do elevador – que também ficou dois meses parado no começo do ano – os problemas se espalham. Alguns são muito visíveis, como o péssimo estado de conservação de quase 50 totens com os indicativos das linhas. Riscados, desprezados, depredados, além dos usuários que vandalizaram as estruturas com assinaturas e dedicatórias de amor que desconsideram os bens coletivos, o próprio poder público ajudou a estragar mais um pouco: dezenas de adesivos, anúncios e avisos improvisados com mudanças nas rotas dos coletivos, pregados pela CMTU, e de campanhas anti-fumo, da Secretaria de Saúde, pioram o visual que já é bastante ruim.

Nas escadas movimentadas, nem sinal de que um novo piso antiderrapante será recolocado após anos de piso degradado. Em vários lances das escadas onde o piso ainda existe, parte está se soltando. Os banheiros são insalubres e a limpeza não dá conta porque a sujeita parece estar impregnada. No banheiro masculino, um dos mictórios está interditado. “Nem cabe todo mundo aqui”, reclama um motorista, na fila do sanitário. No banheiro feminino, o espelho quebrado é a lembrança clássica do abandono. “Só uso o espelho mesmo. Dá nojo entrar aí”, constata a dona de casa Armelinda Sanches Pena, todo dia no Terminal.

Próximo a uma das entradas, um barril de plástico armazena a água que escorre por fendas da velha estrutura. Faz companhia para um orelhão da Sercomtel arrancado e deixado no lugar para reafirmar o abandono. Enquanto isso, as grades de contenção para os pedestres não avançarem de uma plataforma a outra pelas pistas são “seguradas” por emendas de arame. E tudo descasca e enferruja no tempo, sem pedir autorização.

Estado é de abandono

O visual do Terminal Urbano é tão degradado que as paredes encardidas com a pintura velha, somadas ao piso deteriorado, diluem a sensação de que o local está até mesmo razoavelmente limpo. “Prefiro nem ficar olhando essas coisas. Procuro usar o terminal o mais rápido que posso e nem ficar muito tempo por aqui”, diz a auxiliar de restaurante Sandra Silva dos Santos, a caminho do Heimtal. “Claro que uma cidade como Londrina merecia um terminal muito mais bem cuidado”, concorda a amiga Edna Cangerana da Silva, doméstica.

CMTU: “Difícil de administrar”

Os planos de desativação do Terminal Urbano estão ficando para traz, explica a CMTU. “A localização atrapalha o trânsito de fato, mas não temos nenhum projeto para retirá-lo dali. As pesquisas indicam que mais de 80% dos passageiros vão para o centro porque precisam desembarcar lá mesmo”, diz André Nadai, presidente da companhia.

Gerenciadora do terminal, a CMTU acena com “uma grande e completa reforma”, mas ainda não estima prazos nem valores. “Já tínhamos o projeto, mas por questões de adequações na acessibilidade tivemos que refazer algumas partes”, diz Nadai. “Estamos ainda em fase de orçamento”. Ele afirma que o terminal “tem uma estrutura difícil de administrar” e que a CMTU tem buscado diminuir a necessidade de que mais passageiros se dirijam até lá, a partir das linhas diametrais que cortam Londrina sem passar pelo centro.

A reforma, segundo o presidente da CMTU, contemplaria novos banheiros, pintura e remodelação de todo o mobiliário interno. Por enquanto, entretanto, tudo é apenas uma expectativa.