segunda-feira, 9 de novembro de 2009

OBRAS NO TERMINAL

A Prefeitura de Londrina promete começar as obras de reforma nas calçadas do Terminal Urbano de Transporte Coletivo, como reação à negativa do secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Delazari, que em Londrina declarou-se contra a atuação da Polícia Militar na reintegração de posse judicial obtida há mais de um mês pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).

A declaração de Delazari irritou o diretor de operações da CMTU, Aguinaldo Rosa, que qualificou a negativa como uma demonstração de “irresponsabilidade e fraqueza” do governo estadual. Aos jornalistas, Delazari afirmou que prefere o “diálogo e a negociação” como forma de resolver o impasse.

A Prefeitura proibiu a atividade dos lancheiros em setembro e no começo de outubro obteve um mandado da juíza Telma Regina Magalhães Carvalho, que impôs multa de R$ 500 diários para cada informal. A medida também deveria atingir vendedores ilegais de CDs, roupas e passagens de coletivos, mas sem conseguir remover os lancheiros, a CMTU também não interveio nas outras atividades informais. Atualmente, os vendedores são considerados como ilegais diante do cancelamento de 19 alvarás provisórios. Alheios aos embates jurídicos, continuam na área sem se abalar.

“Vamos entrar quebrando as quatro calçadas laterais em torno do terminal e colocar a faixa tátil para deficientes visuais”, afirma o diretor de operações da CMTU. No local onde estão os vendedores de lanches, a calçada deve ficar menor e a faixa tátil ocupará justamente o local onde estão os carrinhos. Estão previstas alterações no piso para rampas de acesso para cadeirantes e até mesmo uma reforma no muro do terminal – exatamente por onde os vendedores comercializam lanches e bebidas com quem está dentro do terminal. Além das calçadas, as ruas de acesso ao terminal ganharão árvores novas, orelhões e sinalização adequada. Tudo deve custar R$ 60 mil aos cofres municipais.

O começo das obras está previsto para esta semana, mas depende ainda da finalização das intervenções para a construção da ciclovia às margens do Lago Igapó – os funcionários disponíveis são os mesmos.

O diretor da CMTU não considerou que a juíza da 7ª Vara tenha sido desrespeitada com a decisão da Secretaria de Segurança de apenas dialogar e não oferecer força policial. “Ela é uma mulher que assumiu as próprias responsabilidades, diferente de uns e outros por aí. Quem perde é o Judiciário do Paraná”, critica. “Vamos resolver logo isso e fazer as reformas com ou sem ambulante. Não vou arrancar na marra, mas a Prefeitura tem o direito de ir lá, reformar a calçada e colocar o piso”. A promotora Solange Vicentin, do Ministério Público de Defesa da Acessibilidade, nada quis comentar. Apenas afirmou que “analisa outras medidas” quanto ao caso. A reportagem não conseguiu contato com representantes dos vendedores de lanches.
FONTE: JORNAL DE LONDRINA

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