domingo, 24 de janeiro de 2010

CALÇADA DO TERMINAL

Empresa vai receber R$ 62 mil para fazer reforma das calçadas

Escolhida é de Londrina, mas secretário de Gestão Pública não quis revelar o nome antes da assinatura do contrato, que deve ocorrer amanhã; obra deve durar 60 dias

A empresa que irá realizar a reforma das calçadas do Terminal Urbano central deve assinar, amanhã, o contrato com a Prefeitura, no valor de R$ 62.644,34. O secretário municipal de Gestão Pública informou que a empresa é de Londrina, mas não quis revelar o nome antes da assinatura do contrato. O prazo para a realização da obra é de 60 dias. Cito não informou a data de início das obras e disse que os trabalhos começam a partir da emissão da ordem de serviço, provavelmente a partir da próxima quarta-feira.

O diretor de operações da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Agnaldo Rosa, afirmou que os pontos de ônibus localizados na calçada da Avenida Leste-Oeste precisam ser deslocados para a quadra do museu antes do início das obras. “Temos que garantir o conforto dos passageiros que usam o transporte intermunicipal. O diretor de transportes já está tomando as providências”, justificou.

Rosa ressaltou que o início das obras também depende de condições climáticas favoráveis. O diretor de Operações disse que ainda não teve nenhuma conversa com os vendedores ambulantes que permanecem na calçada do Terminal mesmo após o Ministério Público determinar a desocupação. “Naturalmente vou conversar com eles antes de iniciar as obras. O que eu não tenho é uma alternativa para essa situação, a calçada tem que ser reformada e eu preciso que eles desocupem”, afirmou.

Segundo Rosa, as atividades dos ambulantes terão que ser paralisadas e a Prefeitura não pode oferecer outro local para eles trabalharem. “La atrás, em agosto, eles disseram que tinham prestações, mercadorias para pagar. Embora sem nosso consentimento, eles permaneceram no local e tiveram tempo suficiente para regularizar a situação”, lembrou.

Ambulantes

O vendedor de lanches Rafael Mario da Silva disse que os 18 ambulantes, que trabalham na calçada da Rua Benjamin Constant, esperam diálogo com a Prefeitura. Ele lembrou outra reforma na parte externa do Terminal Urbano, em 2003, quando houve diálogo entre ambulantes e poder público. “A Prefeitura nos apresentou alternativas, assinou um termo de compromisso e a gente foi deslocado para outros pontos da cidade”, contou.

Na época, o prazo inicial da reforma era de 180 dias, mas as obras duraram bem mais. “Demorou nove meses, mas depois a gente retornou para a calçada do Terminal”, afirmou. Silva disse que nenhum dos vendedores tem outro lugar para levar seus carrinhos. “A solução que temos ouvido até agora é retirar e pronto”, reclamou. Ele ressaltou que os ambulantes têm alvará e que toda a confusão em torno da permanência deles na calçada do Terminal foi causada pelo próprio poder público. “O caso foi criado por eles mesmo quando nos deram o alvará”, justificou.

Caso a Prefeitura não apresente alternativas, Silva não descartou a possibilidade de manifestações ou protestos. “Se tiver que acontecer, serão pacíficos”.

Obras atendem recomendação da promotoria

A reforma das calçadas do Terminal Urbano é uma recomendação da Promotoria do Meio Ambiente que estabelece adequações para facilitar o trânsito da população nas ruas de Londrina e beneficiar principalmente os portadores de deficiência física e visual.

Para melhorar a acessibilidade, as alterações propostas incluem a instalação de sinalização tátil e avisos sonoros para orientar os deficientes visuais, nivelamento de guias para facilitar a circulação dos cadeirantes e construção de portões de acesso que permitam a entrada e saída do Terminal Urbano de pessoas com mobilidade reduzida e idosos.

Com relação aos ambulantes, a promotora do Meio Ambiente, Solange Vicentin, reforçou que já existe uma determinação judicial para que eles desocupem a área. “Se eles não quiserem sair, a Prefeitura tem que lançar mão dos meios legais para fazer a desocupação e executar a obra”, explicou. A polêmica sobre a desocupação das calçadas do local se arrasta desde setembro do ano passado.

FONTE: JORNAL DE LONDRINA

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