quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

JUSTIÇA PEDE EXPLICAÇÕES

Justiça pede explicações da CMTU sobre reajuste da tarifa do ônibus.

Companhia negou ter havido dois aumentos em menos de seis meses, mas argumentou ter reajustado o valor uma vez, em duas etapas. CMTU tem 72 horas para responder.

Antes de decidir sobre a suspensão do reajuste da tarifa do transporte coletivo em Londrina, o juiz da 9ª Vara Cível, Aurênio José Arantes de Moura, quer saber os argumentos da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) para o aumento. O Ministério Público (MP) ingressou na terça-feira (19) com um ação cível pedindo liminar suspendendo a alteração no valor da tarifa. A CMTU tem 72 horas para responder à Justiça. O MP questiona o reajuste, apontando ter sido maior que o índice da inflação.

MP pede suspensão do reajuste da tarifa do transporte coletivo

O reajuste atual, concedido na sexta-feira (15), é de 7%, passando de R$ 2,10 para R$ 2,25. O aumento anterior, de R$ 2 para R$ 2,10 em agosto de 2009, foi de 5%. Em menos de seis meses, a elevação na tarifa do transporte coletivo foi de aproximadamente 12%, maior que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) do ano passado, registrado em torno de 4,18%. Além disso, o MP afirmou haver duas leis federais (9069/1995 e 10192/2001) determinando periodicidade mínima de um ano para o reajuste das tarifas públicas.

“O juiz nos deu 72 horas para responder e apresentar informações sobre os cálculos. Tudo isso já é publico e está no nosso site, mas vamos fazer isso oficialmente”, afirmou o presidente da CMTU, Lindomar dos Santos. De acordo com ele, serão enviados documentos referentes à planilha do transporte coletivo, elaborados durante os últimos 12 meses. “Em agosto apenas demos sequência aos estudos, porque naquele momento havia dúvidas sobre a quilometragem, custos, entre outras coisas”, disse.

Questionado sobre dois reajustes em menos de um ano, Santos não considerou ter havido duas alterações na tarifa. “Não houve dois aumentos, mas apenas um em duas partes. Naquele momento [em agosto] houve uma antecipação, em razão de termos tido dificuldades de definir o reajuste final”, justificou o presidente da CMTTU. Segundo ele, o aumento de R$ 2 para R$ 2,10 foi uma “antecipação, diante das informações disponibilizadas”. “Não tínhamos os índices de forma completa, mas havia a perspectiva de uma greve”, lembrou.

No Paraná, entre as grandes cidades, Londrina figura com a segunda maior tarifa do transporte coletivo, atrás apenas de Maringá, com R$ 2,50. Curitiba, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa, cobra, cada uma, tarifa de R$ 2,20.
Fonte : Jornal de Londrina

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